A FEITICEIRA COTOVIA
Cantei uma ária para te dar um tecto
Versos duma rosa para o seu namorado
Bodas naturais de flor e de insecto
Que pousa na flor e fica casado
Passou um amante no vôo directo
Dum corpo para a sua constelação
Com pena de ti roubei-lhe o trajecto
E pus-te uma pomba invisível na mão
Mas pela espiral da antiga insônia
Girou a voluta do crime secreto
De seres cortesã numa Babilônia
Que fechas à chave para ficar mais perto.
Natalia Correia