Há 10 anos
15/12/2010
04/12/2010
28/11/2010
30/10/2010
Celtas
Samhain - "fim do verão"- a Noite Sagrada Celta
(samhain significa literalmente "fim do verão").
O Samhain assinala um tempo de mudança, de contacto com o Outro Mundo, de abertura dos portais.
É tempo de crescer com a sabedoria das árvores, da floresta e dos seres mágicos que lá vivem.
É também tempo das grandes batalhas, das justas, do acerto de contas e das grandes decisões diante de uma nova etapa que se anuncia, de um novo ano que começa...
(samhain significa literalmente "fim do verão").
O Samhain assinala um tempo de mudança, de contacto com o Outro Mundo, de abertura dos portais.
É tempo de crescer com a sabedoria das árvores, da floresta e dos seres mágicos que lá vivem.
É também tempo das grandes batalhas, das justas, do acerto de contas e das grandes decisões diante de uma nova etapa que se anuncia, de um novo ano que começa...
09/10/2010
11/09/2010
A FEITICEIRA COTOVIA
Cantei uma ária para te dar um tecto
Versos duma rosa para o seu namorado
Bodas naturais de flor e de insecto
Que pousa na flor e fica casado
Passou um amante no vôo directo
Dum corpo para a sua constelação
Com pena de ti roubei-lhe o trajecto
E pus-te uma pomba invisível na mão
Mas pela espiral da antiga insônia
Girou a voluta do crime secreto
De seres cortesã numa Babilônia
Que fechas à chave para ficar mais perto.
Natalia Correia
21/05/2010
Não o pássaro: era o céu que voava
O ombro da terra amparava o dia
A luz tombava ferida
pingando como um pulso suicida
em minhas ocultas asas
O ombro da terra amparava o dia
A luz tombava ferida
pingando como um pulso suicida
em minhas ocultas asas
Mia Couto
09/05/2010
Não desenhamos uma imagem ilusória de nós próprios, mas inúmeras imagens, das quais muitas são apenas esboços, e que o espírito repele com embaraço, mesmo quando porventura haja colaborado, ele próprio, na sua formação. Qualquer livro, qualquer conversa podem fazê-las surgir; renovadas por cada paixão nova, mudam com os nossos mais recentes prazeres e os nossos últimos desgostos.
São, contudo, bastante fortes para deixarem, em nós, lembranças secretas que crescem até formarem um dos elementos mais importantes da nossa vida: a consciência que temos de nós mesmos, tão velada, tão oposta a toda a razão, que o próprio esforço do espírito para a captar a faz anular-se.
São, contudo, bastante fortes para deixarem, em nós, lembranças secretas que crescem até formarem um dos elementos mais importantes da nossa vida: a consciência que temos de nós mesmos, tão velada, tão oposta a toda a razão, que o próprio esforço do espírito para a captar a faz anular-se.
Nada de definido, nem que nos permita definir-nos;
uma espécie de potência latente...
como se houvesse apenas faltado a ocasião para cumprirmos no mundo real os gestos dos nossos sonhos, conservamos a impressão confusa, não de os ter realizado, mas de termos sido capazes de os realizar. Sentimos esta potência em nós como o atleta conhece a sua força sem pensar nela.
Actores miseráveis que já não querem deixar os seus papéis gloriosos, somos, para nós mesmos, seres nos quais dorme, amalgamado, o cortejo ingénuo das possibilidades das nossas acções e dos nossos sonhos.
uma espécie de potência latente...
como se houvesse apenas faltado a ocasião para cumprirmos no mundo real os gestos dos nossos sonhos, conservamos a impressão confusa, não de os ter realizado, mas de termos sido capazes de os realizar. Sentimos esta potência em nós como o atleta conhece a sua força sem pensar nela.
Actores miseráveis que já não querem deixar os seus papéis gloriosos, somos, para nós mesmos, seres nos quais dorme, amalgamado, o cortejo ingénuo das possibilidades das nossas acções e dos nossos sonhos.
André Malraux, in 'A Tentação do Ocidente'
06/05/2010
02/05/2010
24/04/2010
21/04/2010
11/03/2010
Parasomnia Noise
Parasomnia Noise
Tudo começou em meados de 2008 quando Luis Domingos (Ex-Neverend, SickSouls, Exhume) se encontrou com Mercedes Anna na Baixa/Chiado, Lisboa, após o contacto num fórum on-line com o intuito de fazerem música juntos. Começaram desde cedo a trabalhar em covers para se sentirem à vontade um com o outro. Daí nasceu uma amizade e um projecto interessante entre um metaleiro com influências de Jazz e uma jovem rockeira alternativa.
Rapidamente, ambos se aperceberam da necessidade de encontrar um baixista extremamente sexy com um gosto musical completamente diferente. Ao ser apanhado em flagrante a tentar roubar o baixo da irmã do Luis, Pedro (ex-Craft, mais conhecido como Psi) viu-se forçado a colaborar no projecto por uma questão de honra por ser 1/12 Japonês e 1/360 nativo Americano.
Assim os três fundiram as suas mentes e criatividade em busca não só de um som original, mas também do melhor hamburguer de Lisboa e arredores. Criaram-se então os Apocalyptic Candy Suckers (ACS) que na sua primeira actuação ao vivo decidiram seguir com o nome Parasomnia Noise, cujo significado provém dos distúrbios de sono causados pela descoberta acidental do melhor hamburguer alguma vez feito.
Trinta minutos antes de entrarem pela primeira vez em palco, aperceberam-se de que não existia complemento para a secção rítmica. Vindo directamente de uma morada celestial surge então Tiago Lopes ( Ex-Mons Lvnae, conhecido como Hollow) que aprendeu um set de 45min em 45 segundos enquanto comia um hamburguer. Assim foram encerrados os portões da banda Parasomnia Noise.
Desde Dezembro de 2009 que a banda se encontra a trabalhar em originais e na elaboração de um E.P. que promete fazer sucesso entre todas donas de casa deste país e labradores brancos com menos de 3 anos.
Membros integrantes da banda :
Luís Domingos – Guitarrista / Back-Vocals / Produção
Mercedes Anna – Vocalista / Teclista
Pedro Silva – Baixista / Back-Vocals / Arranjos
Tiago Lopes – Baterista / Cow-bell expert
01/03/2010
Acordo de noite subitamente.
E o meu relógio ocupa a noite toda.
Não sinto a Natureza lá fora,
O meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse.
Só o relógio prossegue o seu ruído.
E esta pequena coisa de engrenagens que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu...
Quase que me perco a pensar o que isto significa,
Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa
É a curiosa sensação de encher a noite enorme
Com a sua pequenez..
Fernando Pessoa
05/02/2010
25/01/2010
Aquilo que de verdadeiramente significativo podemos dar a alguém é o que nunca demos a outra pessoa, porque nasceu e se inventou por obra do afecto. O gesto mais amoroso deixa de o ser se, mesmo bem sentido, representa a repetição de incontáveis gestos anteriores numa situação semelhante. O amor é a invenção de tudo, uma originalidade inesgotável. Fundamentalmente, uma inocência.
Fernando Namora, in 'Jornal sem Data'
03/01/2010
Maquina do tempo
O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.
António Gedeão