O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.
António Gedeão
8 comentários:
Não concordo com o poeta.
O universo não é uma infinidade de coisas:))))
Beijos
Só hoje vi que me enganei.
queria escrever:
Não concordo com o poeta, o universo é uma infinidade de coisas.
Magnífico sempre, O Gedeão! E o Magritte fica-lhe muito bem:))
o poema é de facto delicioso mas confesso que concordo com a Wind, o universo é sem dúvida muita coisa...
beijocas
espaço vazio onde somos um pouco de matéria insignificante
O tempo também somos nós.
E o universo -pode ser minusculo ou gigante: é à medida do nosso olhar.
Um beijinho, Lola, neste novo ano bloguístico :)
O Gedeão sempre foi mestre em partir da Física para a Poesia. Neste caso, tenho que dar-lhe razão, já que a matéria é, realmente, apenas uma ínfima parte do Universo. A maior parte é mesmo aquilo que não é matéria. Partir daí e chegar ao "intervalo" é brilhante.
Um beijo, Lola, e vê se passas no meu blog, já agora.
Nos intervalos do tempo
estamos nós, matéria humana tantas vezes desumana.
Bom que nos esvoacem pombas ao longe.
Ramos de oliveira também.
Bjinho
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