29/08/2009



O Silêncio


Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,


e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,


quando azuis irrompem
os teus olhos


e procuram
nos meus navegação segura,


é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,


pelo silêncio fascinadas.


Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"



10 comentários:

Justine disse...

"...as palavras desamparadas e desertas...", como nos fazem doer!
Obrigada pelo poema da EA

mjf disse...

Olá Lola linda!

Silêncio....que por vezes diz mais que mil palavras:=)))

Beijocas

mia disse...

Lola!
Que bom ver que já voltaste! Já estava preocupada, mas não queria dizer nada...
O poema assenta como uma luva! Jinhos

Arábica disse...

Lola,

há silêncios partilhados,
que em gestos traduzem mil palavras.

E abraços, também.
Deixo-te um meu.

Alien8 disse...

Lola,

Há que tempos que te não via! :)

Sim, gosto deste poema. E a imagem, pois, sim senhora, também eu queria :)

Beijinhos.

Teresa Durães disse...

apesar de não conhecer este poema, reconheci imediatamente a mão de EA. Explêndido

wind disse...

Belíssimo poema, ou não fosse de E.A.:)
Beijos

Miguel Batista disse...

Ola cara Lola...passo só, como diria uma minha colega, "para largar um pouco de charme" :)
dizer um "Oi"
e anunciar que estou a organizar um evento cultural na covilha como esta cidade ja precisava, com mostras de arte, cinema, design, conferencias e, melhor de tudo, FESTAS...pelo que se por novembro nao tiveres nada melhor para fazer, aconselho vivamente dar um pulo à Covilhã...

dark kisses

Arábica disse...

Então minha silenciosa amiga? :)

Ça vas? :))


Beijinhos

Lola disse...

Arabica,

Menos silenciosa agora:))

Beijos grandes