Os radicais livres são moléculas instáveis, pelo facto de os seus átomos possuírem um número ímpar de electrões. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem com o que encontram pela frente para roubar um electrão.
Uma parte do oxigénio que respiramos transforma-se em radicais livres, que estão ligados a processos degenerativos, como o envelhecimento. Os radicais livres também têm um papel importante no combate a inflamações, matando bactérias, e controlando o tónus dos músculos lisos.
Os antioxidantes protegem o organismo da acção danosa dos radicais livres. Alguns antioxidantes são produzidos pelo nosso próprio corpo e outros - como as vitaminas C, E e o beta-caroteno - são ingeridos.
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*O exercício físico produz radicais livres?
O Dr. Kenneth Cooper, no seu livro "Revolução Antioxidante", descreve duas maneiras pelas quais os radicais livres são produzidos durante os exercícios físicos.
A primeira está ligada aos exercícios exaustivos nos quais há um aumento de 10 a 20 vezes no consumo de oxigénio do corpo. O enorme bombeamento de oxigénio através dos tecidos desencadearia a libertação de radicais livres. Para se evitar isto, Cooper recomenda praticar os exercícios entre 65-80% da frequência cardíaca máxima.
A outra forma de produção de radicais livres durante os exercícios está ligada ao processo que é conhecido como isquemia-reperfusão. Quando os exercícios físicos intensos são praticados, o fluxo sanguíneo é desviado dos órgãos não directamente envolvidos para os músculos em actividade. Assim, uma parte do corpo irá passar por uma deficiência de oxigénio. No fim do exercício há reperfusão, quando o sangue retorna aos órgãos que estiveram dele privados. Este processo foi associado à libertação de grandes quantidades de radicais livres. Percebe-se assim a importância dos exercícios de relaxamento.
Portanto, deve-se praticar exercício físico regular e sem excessos.